A busca SETI iniciou-se em 1960, por
meio do Projeto Ozma do astrônomo Fran Drake, que tentou captar sinais
de duas estrelas similares ao Sol com uma antena de 26 metros em West
Virginia. O projeto desenvolveu-se consideravelmente desde então, graças
a avanços na tecnologia eletrônica. Contudo, nunca foi realizado de
forma contínua e sofreu repetidas vezes com falta de financiamento. O
Allen Telescope Array construído no norte da Califórnia, por exemplo,
foi projetado para ter 350 antenas mas somente 42 foram construídas até
agora. O próprio Shostak condiciona a possível descoberta nas próximas
duas décadas a um financiamento constante.
crédito: SETI Institute
Ao contrário do que alguns acreditam, o SETI enfrenta constantes problemas orçamentários, como no Arranjo de Telescópios Allen
A
busca por vida extraterrestre está ocorrendo em várias frentes.
Lembrando que a primeira prova de vida na Terra data de 3,8 bilhões de
anos atrás, a maior parte das pesquisas envolve buscar micro-organismos
em mundos de nosso próprio Sistema Solar. Após o surgimento da vida na
Terra foram outros 1,7 bilhões de anos para seres multicelulares
evoluírem e a raça humana surgiu somente 200.000 anos atrás. Assim, boa
parte da comunidade científica defende que micróbios seriam os
alienígenas mais prováveis de serem encontrados. Além disso, espera-se
que os telescópios que entrarão em serviço nos próximos anos possam
detectar a assinatura química da vida em exoplanetas.
A frente do
SETI vasculha os céus em busca de sinais de rádio de outras
civilizações e já existem projetos de procura por tecnologia
extraterrestre usada em grandes projetos de engenharia estelar, como
Esferas de Dyson. O telescópio espacial James Webb da NASA, a ser
lançado em 2018, deverá representar um grande passo em algumas dessas
buscas. Seth Shostak afirma que qualquer dessas vertentes pode ser
bem-sucedida nos próximos 20 anos, o que representaria um dos avanços
mais significativos no conhecimento da humanidade sobre o Universo.
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